04/12/2022 - Midias Sociais
As grandes mudanças de comportamento do consumidor, nos dias atuais, fazem com que, pequenos comerciantes, profissionais liberais e demais segmentos incrementem o patrocínio de anúncios através de tráfego pago, com o objetivo de alcançar seu público alvo e aumentar as vendas. A plataforma Meta (Facebook, Instagram, Whatsapp) é a principal porta de entrada para quem inicia no tráfego pago. Mas será que vale a pena posicionar todo e qualquer produto?
O Facebook hoje é usado por pessoas de mais idade, devido a sua facilidade, para compartilhamento de fotos de família, especialmente dos netos e outros usos familiares. O Instagram, tentando cada vez ficar mais parecido com Tik-Tok, virou porto de dancinhas, digital influencers fazendo seu trabalho de marketing em restaurantes, lojas de modas, comércio varejista e dropshipping, sendo a ferramenta mais usada no Brasil.
Segundo artigos da Inset3 e da RockContent5 o Instagram conta com mais de 122 milhões de usuários ativos. A maioria é formada por mulheres (52%), e as classes C, D e E predominam, com 84% dos usuários pertencentes a uma delas. Pessoas das classes A e B representam 16% do público total. Este número corrobora com o relatório da StatCounter, o qual apresenta o market share de IOS no Brasil, 17,48%. 7
As recentes alterações do IOS 14 e IOS 15 limitam o rastreamento de conversões na Meta e a utilização de ferramentas de remarketing. Como a nova atualização permite que os usuários aceitem ou não a coleta de dados, a assertividade dos anúncios passa a ficar mais comprometida, já que impacta diretamente as métricas e recursos de mensuração de atividade, interesses e conversão do usuário.
A não disponibilidade dos dados cria dificuldades para os anunciantes, não permitindo o rastreamento do comportamento do usuário pelo Pixel do Facebook. Isto acarreta a dificuldade de entrega de anúncios personalizados e segmentados para usuários que tenham chances reais de realizar a compra de um produto ou contratação de um serviço de alto valor agregado.
“Todos esses dados eram, posteriormente, utilizados para criar campanhas assertivas direcionadas a um público segmentado que apresenta maior probabilidade de executar a ação proposta pelo anúncio.”2
A remoção de comportamentos e interesses pela própria Meta prejudicou ainda mais a segmentação e a respectiva conversão em todos os segmentos.
Por outro lado, vemos como tendência mundial, bilionários da Índia e de outros países deixando as redes sociais devido a necessidade de maior foco em seus negócios, como também problemas de brechas de proteção de dados na plataforma da Meta, afastando ainda mais este segmento de alto poder aquisitivo.6
Esta mudança de comportamento das classes média alta e alta, procurando focar mais em seus negócios por conta da alta competitividade no mercado, da situação sanitária causada pela pandemia, agregado às questões mencionadas anteriormente, não se limitando às mesmas, para maior clareza deste artigo, tornam produtos de alto valor aquisitivo difíceis de serem patrocinados com efetividade, nas redes sociais aqui tratadas.
Focando no segmento imobiliário, onde o autor possui grande experiência em tráfego pago utilizando a plataforma da Meta (Facebook e Instagram), observa-se a baixa eficiência de anúncios patrocinados para o segmento de médio e alto padrão, trazendo leads caros e desqualificados - mesmo inserindo-se nos criativos o preço dos produtos e/ou Renda a Partir de - devido a não possibilidade de segmentação por comportamentos e interesses, aliados aos problemas de entrega de conteúdo mencionados.
Concluindo, considera-se a viabilidade de melhor utilização de tráfego pago na plataforma Meta para o segmento imobiliário popular, cujo público final é cliente nestas redes sociais.
Gostou? Tem divergências? Comente, pois, irá engrandecer a discussão e o aprendizado.
Fontes:
1. Adir Gestor Imobiliário – Análise de campanhas patrocinadas na plataforma Meta entre abril e novembro 2022, realizadas no Gerenciador de Negócios (BM) e com acompanhamento quinzenal da equipe de especialistas em marketing da Meta;
2. Blog Boca a Boca Comunicação, “Como a atualização do iOS 14 impacta seus anúncios no Face Ads?”, https://bocaabocacomunicacao.com/como-a-atualizacao-do-ios-14-impacta-seus-anuncios-no-face-ads/ - Consulta realizada em 04/12/2022;
3. Forbes, “Is This The Downfall Of Meta And Social Media As We Know It?”, https://www.forbes.com/sites/bernardmarr/2022/11/14/is-this-the-downfall-of-meta-and-social-media-as-we-know-it/?sh=306d088078c8 – Consulta realizada em 03/12/2022;
4. Inset, “Instagram é a rede social mais usada pelos brasileiros”, https://www.inset.com.br/estilo-de-vida/instagram-e-a-rede-social-mais-usada-pelos-brasileiros - Consulta realizada em 03/12/2022;
5. Rock Content, “As 10 Redes Sociais mais usadas no Brasil em 2022”, https://rockcontent.com/br/blog/as-maiores-redes-sociais/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20pesquisa%20We%20Are%20Social%20e%20da,abocanha%20122%20milh%C3%B5es%20de%20usu%C3%A1rios. – Consulta realizada em 04/12/2022;
6. Since Independence, “Why India’s Billionaires Stay Away from Social Media?” https://www.sinceindependence.com/news/why-indias-billionaires-stay-away-from-social-media – Consulta realizada em 03/12/2022;
7. StatCounter - https://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/brazil - Consulta realizada em 03/12/2022;
Fonte: Adir Gestor Imobiliário
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